domingo, 17 de fevereiro de 2008

Como da genealogia, meus rins levaram a Roberto Carlos

"Família de macacos!" era a expressão que usava o brincalhão e saudoso tio e padrinho, Jorge Aguiar Lisboa Santos quando alguém na família tentava deslindar o grau de parentesco com outro membro da mesma. É que os pais de Jorge eram primos entre si em primeiro grau e dois dos respectivos irmãos (irmã do pai e irmão da mãe) se casaram também (igualmente primeiros primos obviamente).

Bem, como sou filho da irmã de Jorge, tenho naturalmente um avô e uma avó maternos que são primos, filhos de duas irmãs. Assim, os genes de um são reforçados por genes da mesma origem, do outro. Resultado: tenho preponderância de genes vindos dessas irmãs, logo do pai delas (e mãe também) meu trisavô António Rezende Costa

A ascendência Rezende deste meu trisavô chegou a Cabo Verde através do Brasil. Esta história será desenvolvida mais tarde neste blog. Por agora concentremo-nos no facto de serem dominantes as tendências genéticas dos Rezendes nas minhas células (e talvez, pelo mesmo raciocínio, as da família da minha trisavó também) .

Dado à notoriedade dos Rezendes no Brasil e às minhas lides genealógicas, recebi um belo dia por correio electrónico, uma contribuição de um primo brasileiro que alegava terem os Rezendes três características marcantes:
  • Tendência a sofrerem de pedras nos rins
  • Mania de se casarem entre primos
  • Começarem a ter fios e mechas de cabelo branco na adolescência
Não imaginam o quanto estas informações me caíram como uma bomba, pois:
  • acabava de sobreviver a uma terrível crise de dores diagnosticada como originada por uma pedra renal de um cm de diâmetro (lembrei-me de minha avó cuja urina era acompanhada de uma espécie de areia laranja)
  • ela, minha avó Candinha, era prima do marido, bem como o irmão que também era primo da mulher (esta irmã de meu avô)
  • meus agora grisalhos cabelos se estrearam com alguns fios brancos aos 18 anos e mechas laterais um pouco mais tarde.
A propósito de rins e de cabelos brancos, deparei recentemente com um curioso artigo que me deixou intrigado sobre o que a medicina chinesa pensa a este respeito:
"O cabelo também é uma estrutura gerada pelo rim, e pela sua observação podemos avaliar como está energeticamente o rim da pessoa. A queda ou branqueamento precoce é um sinal de desgaste acentuado da energia [renal] que pode ser tratado, desde que seja no início do processo."
Safados os genes dos Rezendes! E eis que um primo, também Rezende, me manda um "clip de vídeo" (que acrescento a esta "postagem") onde para além do seu valor nostálgico vem associado o Brasil, a música romântica, dois monumentos da cultura brasileira e a frase de Roberto Carlos no meio da canção: " ...você é mesmo essa mecha ... de branco nos meus cabelos..."

Deixo-vos então com este magnífico recorte visual e animado:



domingo, 3 de fevereiro de 2008

Caniche, cão de circo, cão carnavalesco

Enquanto não tiver o vagar de escrever sobre esta engraçada raça de cães, aqui vos deixo em pleno Domingo Gordo, o pândego retrato do Dan's o nosso caniche macho que adora posar para a fotografia.

Mas que nome tão estranho para um canídeo! Antes de vos dar a explicação, talvez seria melhor vos apresentar a foto dos dois caniches que deambulam em nossa casa: a Sheri e o Dan's

Como vêm, ela e ele têm cores que fazem lembrar o célebre licor irlandês lançado pela pela empresa Thomas Sheridan & Sons em 1994: o Sheridan's

Assim, achamos por bem, ilustrar tal cromática semelhança e solidário companheirismo de cachorros saídos duma mesma ninhada, com os nomes: Sheri e Dan's . A inteligência da raça tem sido bem explorada por nossa filha Mélanie Sofia, que já lhes ensinou uma boa dúzia de comandos verbais que eles obedecem sem pestanejar... ai deles!