domingo, 4 de maio de 2008

Dia das mães cabo-verdianas, lindas mulheres que elas são!

Neste primeiro Domingo de Maio, comemora-se em Cabo Verde (e em Portugal também) o dia das mães! Contudo, há muita gente (sobretudo Nazarena) que segue a tradição americana, considerando que o segundo Domingo de Maio é que é o dia das mães. Quando era criança, o dia das mães era a 8 de Dezembro, depois virou o último Domingo de Maio, para se fixar no primeiro. Com tanta confusão fui indagar e descobri nãoa história desta comemoração, como também que as datas da mesma variam de país para país.

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Com muito prazer, vou então homenagear as mães cabo-verdianas e em particular a minha mãe. Esta chama-se Esther Aguiar Lisboa da Costa Santos, carinhosamente chamada na família, de: vovó Teti. Nasceu a 8 de Outubro de 1924, fez os estudos liceais no Liceu Gil Eanes no Mindelo e em Janeiro de 1949 entrou para os Correios Telégrafos e Telefones (CTT) como Aspirante. Trabalhou sempre no Sector Postal e foi evoluindo na carreira, por concursos, até se aposentar em Fevereiro de 1975 como 1º Oficial. Nos CTT, os funcionários seguiam a Escola dos Correios, tinham que estudar muito para obterem os diplomas que lhes permitiam concorrer a categorias mais elevadas. Muitas vezes, Esther justifica a minha propensão pelos estudos, com uma teoria de que "ouvira dizer que os bebés assimilavam os hábitos das mães enquanto estas estivessem grávidas, estando ela a estudar arduamente para os exames dos CTT durante a gravidez do seu Jorginho".

O que é certo, é que ter uma mãe na secção postal dos CTT, dava muito jeito para um amante da filatelia. Ela trazia-me inúmeros selos usados, colados nos invólucros de encomendas e vales postais. Ensinou-me a mergulhar estes retalhos de papel (com os selos colados), em água para amolecer a cola; trazia-me papel mata-borrão para os secar ou para fazer compressas sobre os selos colados em postais (assim a escrita a tinta, dos postais, não era destruída). Não me esqueço da explicação que me dera sobre os selos "porteados" (ver ao lado a página do meu álbum de selos CV, com a série de 1952). Estes selos, são os que se usam para "multar" as cartas que chegavam sem selo; com o dobro da taxa normal, estes eram uma espécie de "chamadas pagas no destino", se o destinatário quisesse a carta pagava a taxa e os selos porteados eram colocados sobre a correspondência que de seguida ser-lhe-ia entregue.
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Outra particularidade interessante de Esther é o seu gosto pela escrita, pelo conto, tradições orais e passatempos. Chegou a ser uma importante colaboradora do "Almanaque Bertrand". Este almanaque foi publicado de 1899 a 1969. Vejam na figura à direita, duas páginas da edição de 1931 deste almanaque. O almanaque era, entre outros, recheado de passatempos, charadas matemáticas e adivinhas. Cheguei de encontrar vários passatempos do tipo "Salto de Cavalos", "Hieróglifos Comprimidos" e Palavras Cruzadas da autoria da minha mãe, nos volumes dos anos quarenta. Apanhei o gosto e aos 12 anos lá tentava eu fabricar também estes passatempos que comecei a dactilografar no que pretendia vir a ser um "Almanaque Brito".

Vejamos então "Vovó Téti" ao longo da vida




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E agora, retomemos algumas das beldades da minha árvore genealógica e constatemos que a beleza também está nos genes. A escolha recaiu em 15 musas, que constituem 5 grupos de avó-mãe-filha. Cabe aos digníssimos leitores e leitoras, deslindar as cinco sequências.
  • Se fizer clique na foto - irá para a página da árvore e saberá quem é.
  • Se fizer clique na pergunta "minha mãe é?" - saberá qual a foto da mãe respectiva (as avós podem não as ter disponíveis)

minha mãe é ? ... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?... a minha mãe é ?


minha mãe é ? ... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?


minha mãe é ? ... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?