domingo, 28 de setembro de 2008

1º mêsversário dos sheridanzitos

Há um mês, os nossos caniches "di raça trabessadu" (Sheri & Dan's ) tiveram a sua segunda ninhada (num ano). A conselho de minha filha, não podia deixar de assinalar a data, neste blog. Aliás há muito que prometera a meu cinófilo amigo Zé Cunha que voltaria a falar desta raça de cães. Comecemos então por ver o pequeno vídeo que preparei, da actividade dos canídeos neste dia comemorativo do primeiro mês de existência da ninhada:

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Cães desta raça, são hoje-em-dia muito apreciados como animais de estimação, embora no passado tivessem sido usados como animais de caça, sobretudo de aves aquáticas, como os nomes Caniche e Poodle sugerem. Vejamos agora o que do animal diz o site Saúde Animal:

O Poodle, também chamado de Barbone e Caniche, é considerado uma das raças mais inteligentes, obedientes, dóceis e versáteis. Por possuir tais características e uma aparência encantadora, é considerado o mais popular das raças. O nome deriva da palavra alemã "pudel", que significa "chapinhar na água". No passado, esse animal serviu como excelente cão de busca. Embora moderno lebre o antigo Water Spaniel Irlândes, a linhagem do Poodle continua um mistério. Na França este cão é chamado Caniche (Canard = pato) porque houve um tempo em que era considerado um excelente resgatador (que vai buscar a caça abatida e a traz para o seu dono) de aves selvagens aquáticas.

O nome Poodle faz-me lembrar de cenas de filmes, onde esses cachorrinhos tosquiados em festival de ponpons, costumam ser passeados por ladies da alta sociedade ou por homens afeminados. Mas donde vem esta mania de tosquiar os Caniches? Vejamos o que diz a Wikipédia:

"Acredita-se que o corte tradicional de pêlos em forma de bracelete nas pernas era usado antigamente nas caçadas na neve, onde a maioria do pêlo era tosado baixo para facilitar a natação do cão, mas as juntas, pulmões, coração e rins eram mantidas com pêlo alto para protegê-los do frio. O pompom no fim do rabo servia como uma "bandeira" para ser avistado pelos donos enquanto o Poodle mergulhava no fundo da água"
Cães e cachorros em Cabo Verde são muito estimados, embora pouca gente se preocupa, em serem eles de raça ou não e muito menos com tosquias artísticas de caniches. Aliás, esta raça não é muito conhecida em Cabo Verde e na homenagem filatélica feita em 1995 a cães de raça, ela não figura, como se pode constatar por este lindo envelope do primeiro dia:



domingo, 21 de setembro de 2008

Pudim de coco com um quê de butterscotch

Cheguei sonolento de uma viagem nocturna da TAP e encontrei à minha espera, um magnífico pudim que minha filha confeccionou expressamente para mim. Ela dormia nesse momento, mas minha mulher deixou-me entender que seria bom que comesse um pouco para não defraudar as expectativas da adolescente que o fizera com tanto carinho.

Assim o fiz e meu palato e pituitária me deram todas as indicações de que tinha uma nova estrela da pastelaria na minha família: Mélanie Sofia. Disse logo à Garda que ela já tinha uma sucessora na arte pasteleira e quiçá uma rival!

No dia seguinte, todos se deleitaram com esta sobremesa e tive de pedir uma trégua para poder tirar uma fotografia do último pedaço remanescente, porque tencionava valorizar o famoso pudim neste blog.

A seguir a receita deste pudim de coco, que minha filha viu num programa brasileiro na televisão e à qual lhe deu seu toque pessoal. Eis a receita melhorada, que é tão simples e barata de fazer, mas cujo gosto é sublime:

Pudim de coco à moda da Mélanie

Ingredientes

50g de manteiga
150g de coco ralado
1 lata de leite condensado
1 lata de leite de coco
3 ovos



Colocar todos os ingredientes num simples liquidificador e bater por alguns minutos até obter uma mistura homogénea. Entretanto, revestir uma forma de pudim com açúcar queimado (sobre o qual se unta com boa manteiga e salpicos de baunilha - segredo da Mélanie). Verter a mistura na forma, colocá-la em banho-maria dentro de um forno pré-aquecido e contar uns 40 minutos para retirar o conjunto do forno.

Como vêem é simples de fazer e o truque da Mélanie dá-lhe esse travo de butterscotch.


domingo, 14 de setembro de 2008

Papilio Demodocus, ou o rei dos lepidópteros de Cabo Verde

Acabo de vir do interior da ilha de Santiago e apesar das inúmeras imagens de beleza verdejante que recolhi, uma me deixou triste: "o bananal de Santa Cruz ... desapareceu!" As bananeiras foram todas dizimadas e só sobrou o campo de limoeiros para alegrar a paisagem. Mas são precisamente estes limoeiros que me trazem hoje o tema de meu artigo: o papilio demodocus.

Como já vos tinha dito, muitas das horas de minha adolescência, passei-as a estudar e a coleccionar insectos. E a ordem mais atractiva aos olhos é sem dúvida a dos Lepidoptera ou das borboletas e traças. Mais um livro da colecção "Ver e Saber" da Verbo, me ajudou a apreciar estes coloridos insectos. Em Cabo Verde encontramos uma variedade razoável de lepidópteros, desde vistosas borboletas diurnas, cinzentas "bambalutas" nocturnas, traças e singelas pequenas borboletas.

Já adulto, trabalhei no então INIA (Instituto Nacional de Investigação Agrária) e naquele tempo a luta integrada contra as pragas agrícolas era levada a sério. E por mais lindas que sejam as nossas borboletas, muitas delas são as progenitoras de lagartas perigosíssimas para as culturas (desde tomateiros, couves, batata, etc). Assim, foi com desgosto que me apercebi que muitas das nossas culturas estão a morrer porque ... talvez os bons velhos tempos do INIA já eram! Mas os limoeiros de Santa Cruz pareciam saudáveis. Será que não estavam a ser atacadas por pragas? Talvez o insecto responsável está quase extinto! Que pena diria o coleccionador de borboletas em mim. É que a tal praga do limoeiro não é nada mais nada menos do que a lagarta que dá origem à borboleta mais vistosa de Cabo Verde, o nosso Papilo do Limoeiro: o papilio demodocus.

Aliás, era o principal insecto da minha colecção. A lagarta deste animal é estranha e tem dois falsos olhos (as manchas que aparecerão nas asas mais tarde). Uma vez, recolhi algumas destas belíssimas lagartas (gorduchinhas) e coloquei-as numa caixa envidraçada onde tive o cuidado de inserir várias folhas de limoeiro. Poucos dias depois começou o processo da metamorfose. As crisálidas já não eram tão bonitas mas deixaram escapar mais tarde as lindas borboletas que ansiosamente esperava. Encontrei na Internet uma montagem de fotografias que retrata esta evolução e apresento-a ao lado.

Embora raras, as borboletas cabo-verdianas têm sido algumas vezes homenageadas e a filatelia não fica atrás, como podem ver pelos envelopes do primeiro dia pertencentes à minha colecção:



Como se pode ver, o papilio demodocus está representado no 3º selo do 1º envelope.

domingo, 7 de setembro de 2008

Homens elegantes, bonitos e sedutores da nossa árvore: II - Os Rezende Mascarenhas

Como já o dissera em artigo anterior, descendentes masculinos da minha bisavó Ludovina da Graça Rezende e de seu primeiro marido, o médico Lourenço de Loyola da Silva Mascarenhas, foram considerados também como integrantes de um grupo de homens elegantes e bem parecidos da nossa árvore genealógica.


São todos descendentes do único filho desse casal e não obstante a influência da beleza das diferentes mulheres deste paradigmático indivíduo conhecido por Chico Gaiola, têm todos o cunho indelével dos traços de Francisco (cabelos grisalhos precoces dos Rezende e lábios finos dos Mascarenhas). Vejamos então alguns destes "galãs de cinema": quatro são filhos de Francisco Xavier de Rezende Mascarenhas e os restantes quatro são netos. Passando o cursor (ou fazendo um clique) sobre uma foto, pode-se saber quem é o pai (ou a mãe se esta for filha de Chico). Um clique sobre a pergunta "Quem sou?" leva à página genealógica respectiva.

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