domingo, 26 de abril de 2009

Fotos BCS de lindas, simpáticas e atraentes primas minhas

As fotos BCS (Beleza, Charme e Sensualidade) do meu artigo anterior causaram um agradável efeito em muitos que passaram pelo blog.

Uma de minhas primas achou interessante e prometeu-me enviar fotos dela para que compusesse um BCS neste espaço.

Então pus-me a pensar que se calhar não seria má ideia homenagear a beleza, o charme e a sensualidade de algumas das mais bonitas, simpáticas e atraentes jovens que figuram na minha árvore genealógica.

Procurei as fotos que elas mesmas publicaram na Internet e com a devida vénia as reproduzo aqui em forma BCS. Durante algum tempo não colocara nem nomes nem links, para que, se porventura a alguma delas não agradasse a ideia, houvesse tempo de remover ou substituir fotos. Como não obtive objecções, libero por agora os links.
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Bramela
Minha prima em 5º grau

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Liziane
Minha prima em 8º grau


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Núria
Minha prima em 5º grau



Tatiana
Minha prima em 4º grau
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domingo, 19 de abril de 2009

Santidade, Beleza, Charme e Sensualidade



<<<1917 >>><<< 1928 >>><<<1954 >>><<<1957 >>><<<1999>>>

Parecem-vos "santas" estas mulheres? Quem são? Que têm elas em comum?

Tirando a palavra "santidade", o resto do título deste artigo poderia perfeitamente ser a resposta do que elas poderiam ter em comum. Mas a realidade é que todas são actrizes de cinema (clicar nas fotos) e todas personificaram em filmes diferentes (clicar nas datas sob as fotos) a mesma santa: Joana d'Arc cuja beatificação ocorreu precisamente há cem anos, no dia 19 de Abril de 1909.

Uma semana após a Santa Páscoa, eis que me surge este dia de 19 de Abril, com poderosas efemérides de Santidade:

Joseph Ratzinger foi eleito pelo conclave, no dia 19 de Abril de 2005, como o actual Santo Papa Bento XVI.

Foi eleito como o 266º Papa com a idade de 78 anos e três dias
(Wikipédia)

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Roberto Carlos Braga, "o Rei" nascido em 19 de Abril de 1941 em Cachoeiro de Itapemirim, no Estado do Espírito Santo, Brasil, completou 68 anos (Wikipédia).


Mas, a efeméride dos 100 anos da beatificação de Jeane d'Arc, mereceu da minha parte mais atenção. pois lembro-me de, em criança, ter visto um dos filmes que retratava a vida de Joana d'Arc, e impressionou-me bastante o fim que ela teve ao ser queimada viva, por ordem da Igreja. Eis um resumo do filme:

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Resolvi reavivar meus conhecimentos sobre a matéria, usando desta vez o veículo da Internet e muitas interrogações surgiram-me com o que vi:
  • Deveria uma mulher que se passara por homem nesse tempo ter uma cara e uma silhueta de mulher?
  • Porque foram escolhidas actrizes de fisionomias femininas (e não só!) para o papel?
  • Seria Joana d'Arc uma mulher atraente?
  • O que é a atracção?
Estas perguntas me levaram a consolidar uma teoria que há muito me ronda de que a atracção feminina assenta em três pilares (o da beleza, o do charme e o da sensualidade), ora equilibrados, ora sendo um deles preponderante, ora sendo deficiente.

Muitas máximas e pensamentos de notáveis personagens, estabelecem este relacionamento que se quer equilibrado.

Beleza
"Não serve para nada ser-se jovem sem beleza, nem bela sem juventude"

Charme
"É uma espécie de encanto numa mulher. Se tem charme, não precisa de mais nada; se não o tem, tudo o resto não serve para muita coisa"


Sensualidade
"Não existe antídoto mais poderoso contra a baixa sensualidade do que a adoração da beleza"


Terminemos este artigo com fotos BCS (Beleza, Charme e Sensualidade) de mais uma aniversariante do 19 de Abril, a tenista russa:


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domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa, chocolates, cunicultura e Bunny

Ovos de chocolate e coelhinhos da Páscoa não faltaram hoje na minha mesa. Curioso, que no tempo da minha infância , não havia esta tradição na minha casa! Como morava, e moro, junto à "igreja matriz", a procissão à volta da praça Alexandre Albuquerque, era o prato do dia. O Bispo de então, circulava ladeado de padres, que iam balanceando os aparatos lançadores de incenso e de água benta. As janelas das casas circundantes, sobretudo as com varandas, como a nossa, eram ornadas com coloridas colchas, de brilho acetinado. Lá ficávamos à espera de, após a procissão, virem padres à nossa casa ,para a bênção pascoal. Aquilo tudo me parecia fascinante, ao mesmo tempo que fastidioso .

Hoje, as coisas mudaram e enquanto trincava a casca do ovo, ou melhor, o chocolate quebradiço e côncavo, não pude deixar de me interrogar sobre o porquê dos ovos e do coelho, numa festa assaz religiosa.

Encontrei várias tentativas de explicação pela Internet fora e apanho uma ao acaso, que transcrevo:

Ressurreição de Cristo – coelho simboliza vida em abundância

Na Antiguidade, os povos escolheram a lua para determinar a data da Páscoa. Como o coelho era tido como um símbolo da lua, passou também a ser considerado um símbolo da Páscoa.

Os coelhos são mamíferos, roedores, que se reproduzem de forma rápida, tendo grande fertilidade. O seu período de gestação não passa de quarenta dias, tornando-se símbolo da preservação da espécie.

Para os cristãos, a Páscoa é marcada pela ressurreição de Cristo, pelo Seu renascimento, pelo surgimento de uma vida nova. Além disso, a sexta-feira santa é a data assinalada pelo seu sofrimento, pela sua crucificação.

Existem algumas curiosidades sobre a história do coelho da páscoa. Na Alemanha, as crianças esperam ovos dos coelhos. As crianças tchecas confiam que os presentes são ofertados por uma cotovia (ave campestre). Na Suíça, são os cucos que levam os ovos de presente e, no Brasil, a tradição do coelho, que veio no final do século XIX.

Outra história põe sentido à tradição do coelho representar um símbolo da páscoa, uma vez que este simboliza a igreja. A igreja tem a missão fecunda de propagar os ensinamentos cristãos, a palavra de Deus, para todos os povos; sem distinção, ou seja, aumentar a quantidade de discípulos da mesma. Assim, uma grande quantidade de pessoas é representada pela fertilidade do coelho.

Há uma lenda que marca a história do coelho da Páscoa. Conta a mesma que uma mulher pobre, que não tinha como presentear seus filhos no domingo de Páscoa, cozinhou alguns ovos de galinha e os pintou. Ela teve a ideia de colocá-los dentro de um ninho e escondê-los no quintal da casa, entre as plantas. Quando as crianças encontraram os ovos, um coelho apareceu por perto e fugiu; as crianças acreditaram que o mesmo havia colocado os ovos para elas, assim a história se propagou.

[texto copiado daqui]

E senti então saudades da Bunny, a nossa coelhinha branca de estimação, que faleceu de velhice há dois meses atrás. O animal fazia o deleite dos meus filhos mais novos ... e meu também!
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Bunny andava à vontade no nosso quintal com os demais mamíferos que por ali circulavam. Quando eu era criança, a minha avó Candinha criava coelhos (cunicultura) no quintal e às vezes escapuliam do local que lhes era reservado indo para o alçapão. Um belo dia a Dona Candinha foi ao alçapão e meteu o pé num dos buracos que os lagomorfos fizeram, tendo apanhado um belo entorse! ... Na semana seguinte, já não havia mais coelhos na nossa casa!

Porém, deixaram-me boas recordações esses bichinhos. Observava-os a comer folhas de couve e me impressionavam os característicos movimentos de suas bochechas quando mastigavam as folhas. Captei a Bunny na minha câmara do telemóvel a comer folhas de repolho. Vejam-na:
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De facto, os movimentos circulatórios das bochechas destes animais quando mastigam, impressionavam-me quando era miúdo. Tinha os meus seis anos, quando após observar fixamente minha tia Filó a mastigar, resolvi exclamar alto e em bom som:

"Lolóoo ... come como quelho!"

Noutra ocasião, falar-vos-ei de cunicultura, a ciência e a arte de cuidar de coelhos. Fiquem bem!


domingo, 5 de abril de 2009

Roxos passos do Senhor dos Passos

Todos os anos quando, como hoje, é Domingo de Ramos, lembro-me do "martírio" que era obrigado a consentir quando de tenra idade (dos 4 aos 8 anos) era levado pela minha mãe a calcorrear, entre vultos enormes (os adultos), as ruas da cidade durante a "procissão do Senhor dos Passos". Aquilo era um autêntico suplício para mim; pior era aquela interminável lengalenga dos padres durante a missa, em frente da capela de Santa Isabel, no Hospital da Praia. Ficava eu de pé entre os adultos, ouvindo os padres sem os ver e sem poder falar ou brincar. Ao fim da procissão meus pés ficavam doridos, talvez tão roxos quanto a velha túnica do Senhor dos Passos!

Qual a razão disso? Ei-la: minha mãe tinha perdido sua primeira filha durante o parto; durante a gravidez do segundo filho (Eu) o médico dera-lhe poucas esperanças; então ela fez uma promessa ao Senhor dos Passos, que, se tudo desse certo, passaria a ir todos os anos no Domingo de Ramos, às procissões e levar-me-ia consigo para que eu participasse nesse "agradecimento a Deus". Ao me lembrar disso, não posso deixar de pensar na frase que um amigo meu muçulmano proferiu em Nice, quando eu lá estudava: "os católicos fazem negócios com Deus!".

Mas a procissão do Senhor dos Passos era algo de espectacular. Na realidade essa procissão é chamada com mais propriedade de "Procissão do Encontro". Melhor ainda: a Procissão do Encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Em muitas regiões interiores do Brasil esta procissão se desenrola na 4ª-feira da Semana Santa. Aqui na Praia fazia-se no Domingo de Ramos. Eis uma descrição do evento:

Os fiéis (maioritariamente masculinos) saíam da Igreja de Nossa Srª da Graça, junto à Praça onde eu moro, com a imagem do Senhor dos Passos e as mulheres esperavam na Capela de Santa Isabel, no Hospital da Praia, donde iria sair a imagem de Nossa Senhora das Dores. Acontecia então o emocionante encontro entre a Mãe e o Filho. O padre, então, começava a missa, e a um dado momento proferia o célebre Sermão das Sete Palavras de Jesus Cristo na Cruz:

1. Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. (Lc 23,34 a);
2. Hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23,43);
3. Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua mãe. (Jo 19,26-27);
4. Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?! (Mc 15,34);
5. Tenho sede. (Jo 19,28 b);
6. Tudo está consumado. (Jo 19,30 a);
7. Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. (Lc 23,46 b).

É uma pena que na nossa cidade da Praia, já não se façam procissões na Semana Santa como as que se faziam há 40 anos atrás. A da 6ª-feira Santa, ou a do "Enterro do Senhor", era muito interessante. Ainda me lembro das velas que eram resguardadas por um invólucro de forma poliédrica em cartolina branca, (espécie de pirâmide de base quadrada, truncada e invertida), com janelinhas em forma de cruz, estrela ou coração, forradas com papel de celofane vermelho. Dizer que os tempos são outros e que a cidade cresceu, não pega, pois Lisboa ainda tem dessas procissões como podem constatar no clip que se segue:

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