Já é hábito olhar para as efemérides, para espevitar as meninges a respeito de algum evento relacionado com a minha vivência. Eis que me deparo com Adolfo Hitler! O facto assinalado hoje é o da chegada do ditador à presidência da Alemanha, pela morte do então presidente Hindenburg. Eis um extracto da notícia, tirado do Wikipédia:
"Em 2 de Agosto de 1934, Hindenburg morre. Hitler apodera-se do seu lugar, fundindo as funções de Presidente e de Chanceler, passando a se auto-intitular de Líder (Führer) da Alemanha e requerendo um juramento de lealdade a cada membro das forças armadas." (ler todo o artigo aqui)
Lembrei-me logo de muitos dos filmes da II Guerra Mundial que assisti. A saudação nazista em muitos deles patente, fez-me recordar de uma foto antiga, da classe de ginástica da minha mãe, aquando de sua passagem pelo Liceu Gil Eanes em São Vicente (anos trinta). Antes de vos apresentar a foto, vejam Hitler a discursar aos jovens de então (reparem na saudação):
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Embora o tom deste discurso me faça lembrar outros discursos mais recentes, abstenho-me de os evocar e vou de imediato mostrar-vos as fotos seguintes, a de um comício do Führer e a da classe de ginástica da minha mãe:
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Não é difícil tirar as conclusões, nesse tempo em que Salazar se exercitava com as ideologias de seu comparsa adolfino. E a ditadura de Salazar e seus seguidores, durou 40 anos! Mas, eis que em 1974, com o 25 de Abril, chega a Liberdade e o anti-fascismo a Portugal e à nossa terra!
Pululavam os comícios e assistia-se aos mais inusitados exageros do lado da revolução. Presenciámos actos de "africanização" dos costumes, com pessoas a deitar vinagre no cabelo (para os tornar crespos), a comer com as mãos, sentadas no chão, enfim, a fazer tudo o que mais lhes pudesse afastar dos hábitos dos derrotados colonizadores. É assim, que surgiram novos nomes próprios nos registos civis cabo-verdianos, como: Abel Djassi, Samora, Lumumba, Kwame, Che, Guevara, Lenin, etc..
Pululavam os comícios e assistia-se aos mais inusitados exageros do lado da revolução. Presenciámos actos de "africanização" dos costumes, com pessoas a deitar vinagre no cabelo (para os tornar crespos), a comer com as mãos, sentadas no chão, enfim, a fazer tudo o que mais lhes pudesse afastar dos hábitos dos derrotados colonizadores. É assim, que surgiram novos nomes próprios nos registos civis cabo-verdianos, como: Abel Djassi, Samora, Lumumba, Kwame, Che, Guevara, Lenin, etc..
Meu tio Oldegar, que tal como o pai (meu avô) era conhecido pelo seu acutilante espírito de contradição, irritado com esses nomes "esquerdistas", resolve dar ao seu então mais recente pimpolho, o pomposo nome de ... Adolfo Hitler de Melo Sousa Brito.
ZECA AFONSO
Nascido em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929
Pobre rapaz! Que culpa tinha ele para carregar este aberrante epíteto pela vida fora. Felizmente, teve o bom-senso de mandar retirar o Hitler de seu nome, logo que fez 18 anos! Parabéns!
Para desanuviar os espíritos, deixo-vos agora com um anti-fascista da época, que se estivesse vivo, completaria hoje 80 anos! Trata-se do autor de "Grandola vila morena!":
ZECA AFONSO
Nascido em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929
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Interessante.
ResponderEliminarOlha que eu já estava assustada esperando ver onde os ramos dessas árvores genealógicas se encontravam.... ainda bem que apenas por semelhanças fotográficas!!!!!
ResponderEliminarUm beijão!!!!