Desde criança que a frase "toma sima nau-mi-toques" me impressiona. Esta frase era pronunciada geralmente em resposta a uma atitude com contornos de susceptibilidade exacerbada. Claro que cedo soube se tratar de uma planta cujas folhas se fechavam ao mais ligeiro toque. Sempre quis conhecê-la mas por muitos anos nunca tive o ensejo.
No início dos anos noventa do século passado, chefiava o Departamento de Recursos Naturais do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário e tinha a tutela do primeiro jardim botânico da República de Cabo Verde. Foi então que pela primeira vez me cruzei com essa dama que ostenta o nome científico de mimosa pudica. Porém, só ali estavam dois exemplares e mesmo assim escondidos do público, no viveiro do Jardim!
Dezanove anos depois, numa das minhas visitas ao Jardim Botânico, lembrei-me de perguntar pela "sensitiva", outro nome da "não-me-toques". E levaram-me ao viveiro onde pude perceber num periclitante vaso, uma mirrada planta que provou ser a dita cuja, após um toque que lhe fiz.
Não resisti em filmar a coitadinha com a câmara de meu telemóvel, não vá ficar sem poder ter uma recordação visível da mesma. Embora se possam encontrar outras filmagens de púdicas mimosas na Internet, é com muito gosto que coloquei a que fiz no YouTube e vo-la apresento aqui:
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