Quando comecei a dar aulas de Química no ensino superior (ver o artigo: Os meus queridos alunos - I), era para mim um grande desafio fazer passar a noção da estrutura atómica. Era um assunto que me apaixonava, pois meu sonho de adolescência era vir a ser um físico nuclear como Einstein. Ao me formar em Química, a questão da estrutura atómica era como uma ponte entre esta ciência e a física nuclear. Talvez por isso, no percurso da história da estrutura atómica, que ia de Demócrito a Schrödinger, era para mim o ponto mais emocionante, o da demonstração de que "o átomo era vazio". Esta conclusão foi conseguida por Rutherford, (um cientista nascido precisamente há 138 anos, na Nova Zelândia, em 30 de Agosto de 1871, que, embora físico, ganhou em 1908 o prémio Nobel da Química), que interpretou a experiência levada a cabo pelos seus discípulos Geiger e Marsden; vejam:
Rutherford chegou a essa conclusão [na vida universitária, é mesmo assim: os discípulos fazem o grosso do trabalho e o mestre "tira o coelho da cartola"] e para demonstrar quão vazio era o átomo do hidrogénio, comparou-o a um campo de futebol, onde o minúsculo electrão circulava ao longo das "4 linhas" e o grosso da massa do átomo se encontrava condensado numa bola no centro do campo. Eis ao lado o "Estádio" da Várzea em 1981 como imagem para a comparação.
A ênfase que eu punha na explicação dos raciocínios de Rutherford, valeram-me da parte de meus alunos a sugestão de dar esse nome ao meu então recém-nascido primogénito (Outubro de 1983). Claro que não fui no bote, e coloquei o nome de Marcos Miguel ao pimpolho. Alguns, mais meus amigos, até insistiram, mas disse-lhes que tirassem o cavalinho da chuva.
E nesta época chuvosa, estar à chuva me faz lembrar um filme que me marcou pelo seu suspense e brutidão: "O passageiro da chuva", estreado há 40 anos e contracenando Charles Bronson e Marlène Jobert. O actor era mesmo feio e assustador, mas revelou-se um dos melhores actores para este tipo de papéis. Vejamos então um extracto:
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Rutherford chegou a essa conclusão [na vida universitária, é mesmo assim: os discípulos fazem o grosso do trabalho e o mestre "tira o coelho da cartola"] e para demonstrar quão vazio era o átomo do hidrogénio, comparou-o a um campo de futebol, onde o minúsculo electrão circulava ao longo das "4 linhas" e o grosso da massa do átomo se encontrava condensado numa bola no centro do campo. Eis ao lado o "Estádio" da Várzea em 1981 como imagem para a comparação.
A ênfase que eu punha na explicação dos raciocínios de Rutherford, valeram-me da parte de meus alunos a sugestão de dar esse nome ao meu então recém-nascido primogénito (Outubro de 1983). Claro que não fui no bote, e coloquei o nome de Marcos Miguel ao pimpolho. Alguns, mais meus amigos, até insistiram, mas disse-lhes que tirassem o cavalinho da chuva.
E nesta época chuvosa, estar à chuva me faz lembrar um filme que me marcou pelo seu suspense e brutidão: "O passageiro da chuva", estreado há 40 anos e contracenando Charles Bronson e Marlène Jobert. O actor era mesmo feio e assustador, mas revelou-se um dos melhores actores para este tipo de papéis. Vejamos então um extracto:
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Hoje, dia internacional dos desaparecidos, fazem seis anos que desapareceu da face da Terra, este grande actor, que foi Charles Bronson !
E agora desapareço eu! (do blog, claro!)
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