Estava eu calmamente deitado a olhar para o tecto do meu quarto e a imaginar o que iria partilhar com meus leitores neste blog ("quem me dera ter a capacidade do meu amigo João Branco do Café Margoso", cogitava), quando, por coincidência, senti um aromático odor a café, que teimava a acompanhar a brisa que pela porta de meu quarto entrava. Dei um salto, qual Arquimedes e seu Eureka! e de CiberShot em riste fui à varanda (sobranceira ao quintal) captar as imagens das quais a cena ao lado é elucidativa ilustração: "A empregada Lena torra o café do Fogo acompanhada pelo caniche Dan's".
Regressei ao meu leito inspirativo, liguei o tablet PC que poisei sobre minha barriga, conectei-me à Internet sem fios da Praia-Digital (ex internet do Filú) e comecei a pesquisar um pouco sobre esta minha paixão... o café. Entretanto, visitei o Café Margoso e depois o Mário Persona Café, dois cafés da blogosfera que sobre a preciosa bebida pouco falam, mas que do nome se servem para nos deleitar com aromáticas crónicas e as mais diversas originalidades. Reparei então, que tal como a maior parte dos bloguistas cabo-verdianos, eu só tinha neste blog, links para blogs CV. Tratei logo de fazer justiça ao Mário, colocando um link para o seu Persona Café brasileiro, que há dois anos me entretém com suas saborosas crónicas sarcásticas mas geniais sobre os mais diversos assuntos. O Café de Mário serve-lhe de pretexto para nos presentear no fim de suas crónicas com a resenha de um livro cujo teor está intimamente ligado ao objecto da crónica escrita. Chamarei a este Café o Café Dóxi, para contrapor ao Margoso de João. Embora diferentes estes dois sites têm muito em comum, pelo menos o talento de seus escribas. Coloco na parte final da faixa lateral deste Blog, um feed que absorve a crónica mais recente de Mário.
Passemos agora ao precioso líquido. João Branco, no entróito de seu Café, mostra apreciá-lo sem açúcar. Porém, o café é apreciado das mais diversas maneiras e consoante as culturas e gostos. Minha avó paterna (do Fogo) não lhe punha muito açúcar e bebia-o fumegante; minha avó materna misturava-o com chicória e bebia-o com leite. Minha sogra, introduz mais de cinco colheres-de-chá de açúcar para que possa raspar no fim a "papa doce e melada aromatizada a café".
Os Lisboetas preferem beber um expresso com açúcar: a famosa bica. Há quem diga que bica é o acrónimo de Beba Isso Com Açúcar, slogan inventado pelo café lisboeta A Brasileira, que inicialmente mal vendia o amargo cafèzinho.
Gosto de dar uma de minha graça contando coisas sobre o café. Porém, hoje só darei algumas dicas e factos comprovados sobre o aroma e o gosto desta bebida:
Regressei ao meu leito inspirativo, liguei o tablet PC que poisei sobre minha barriga, conectei-me à Internet sem fios da Praia-Digital (ex internet do Filú) e comecei a pesquisar um pouco sobre esta minha paixão... o café. Entretanto, visitei o Café Margoso e depois o Mário Persona Café, dois cafés da blogosfera que sobre a preciosa bebida pouco falam, mas que do nome se servem para nos deleitar com aromáticas crónicas e as mais diversas originalidades. Reparei então, que tal como a maior parte dos bloguistas cabo-verdianos, eu só tinha neste blog, links para blogs CV. Tratei logo de fazer justiça ao Mário, colocando um link para o seu Persona Café brasileiro, que há dois anos me entretém com suas saborosas crónicas sarcásticas mas geniais sobre os mais diversos assuntos. O Café de Mário serve-lhe de pretexto para nos presentear no fim de suas crónicas com a resenha de um livro cujo teor está intimamente ligado ao objecto da crónica escrita. Chamarei a este Café o Café Dóxi, para contrapor ao Margoso de João. Embora diferentes estes dois sites têm muito em comum, pelo menos o talento de seus escribas. Coloco na parte final da faixa lateral deste Blog, um feed que absorve a crónica mais recente de Mário.
Passemos agora ao precioso líquido. João Branco, no entróito de seu Café, mostra apreciá-lo sem açúcar. Porém, o café é apreciado das mais diversas maneiras e consoante as culturas e gostos. Minha avó paterna (do Fogo) não lhe punha muito açúcar e bebia-o fumegante; minha avó materna misturava-o com chicória e bebia-o com leite. Minha sogra, introduz mais de cinco colheres-de-chá de açúcar para que possa raspar no fim a "papa doce e melada aromatizada a café".
Os Lisboetas preferem beber um expresso com açúcar: a famosa bica. Há quem diga que bica é o acrónimo de Beba Isso Com Açúcar, slogan inventado pelo café lisboeta A Brasileira, que inicialmente mal vendia o amargo cafèzinho.
Gosto de dar uma de minha graça contando coisas sobre o café. Porém, hoje só darei algumas dicas e factos comprovados sobre o aroma e o gosto desta bebida:
- O aroma e o gosto do café, nada têm a ver com a cafeína. As diferentes substâncias que compõem esse gosto, formam-se durante o processo de torrefacção. São no entanto muito frágeis, sensíveis ao excesso de temperatura e voláteis.
- Devemos então fornecer bastante oxigénio ao torrar o café. Por isso deve-se mexer constantemente os grãos durante o processo, para que eles estejam sempre em contacto com o ar e não aqueçam em demasia. Vejam o vídeo que se segue:
- Oups! Creio que Lena, a empregada, deixou queimar demais o café! Não deve ficar ele preto, mas sim castanho escuro. É que o excesso de calor provoca outras reacções dos citados compostos, que se transformam em outros de gosto amargo. Estas reacções de melanização, ocorrem acima dos 96-97º centígrados (à pressão atmosférica normal).
- Convém arrefecer rapidamente os grãos após o término da torrefacção, pois não só teríamos degradação (devido à alta temperatura) como os saborosos aromas voláteis se perderiam no ar. Truque: deitar dentro um líquido frio; mas... água não! Dita-se um cálice de whisky; este tem álcool, evapora-se depressa e o gosto que deixa confunde-se com o amargo do café.
Alen li: sima café di pobri, ora dóxi... ora margós!
Eu também , no sinta10, um dia escrevi sobre o café... de Santo Antão. Penso um dia retomar este assunto porquanto na minha ilha havia, e ainda há, muito café (infelizmente não é tão conhecido)
ResponderEliminareis o link:
http://sinta10.blogspot.com/2007_10_11_archive.html
Um pouco por acaso vim aqui parar, com alguns meses de atraso. Mas aquele abraço, não podia faltar!
ResponderEliminarCom amizade, João Branco