domingo, 30 de dezembro de 2007

A resposta de um cinófilo

No artigo anterior, mencionei José Eduardo Cunha como meu melhor amigo de infância, mas também de adolescência. Eis que o mesmo, ao ler esse artigo, fez um interessante comentário, recheado de testemunhos de fina sensibilidade, terminando com um autêntico "plaidoyer" sobre a maldade de alguns humanos em relação aos cães. É com imenso gosto que transcrevo a seguir a missiva que Zé Eduardo me dirigiu:

Caro Jorge


Apenas para fazer uma pequena correcção. O nosso cão, porventura irmão, primo, tio, "Eu sei lá!" do teu Boby (de que me lembro bem), chamava-se Cachito (lê-se Katxitu), título da famosa canção do Nat King Cole CACHITO MIO, na moda nos anos 60. O nome, sempre gostamos lá em casa de alimentar esta versão, foi escolhido pelo próprio, quando um dia, ouvindo o Nat cantá-la, desatou a uivar. A verdade é que, por associação ou não, muito mais tarde o Cachito continuava a uivar sempre que ouvia a famosa canção que lhe deu o nome.

Foi meu companheiro de infância, e parte da juventude, e morreu de velho. Terá vivido entre 10 a 12 anos, não sei precisar. Confirmo que foi a tua avó que o ofereceu, ao meu Pai, ou à minha Tia Leonor, e não às minhas irmãs, que na altura ainda não tinham nascido. O Cachito foi para nossa casa em 1962 ou 1963, ainda no Bêco da Pracinha não muito longe da tua casa, e do cinema, que, naquela altura, era uma ‘República’ onde moravam o meu Pai, os meus Tios e Tia, e os Primos destes.

Tinha eu 5 ou 6 anos, ele era um cãozinho quase acabado de nascer quando para lá foi, e ainda bebia leite no nosso colo. Na verdade nós saímos dessa casa em 1964 quando o meu Pai se casou, para a casa na confluência das então Rua Sá da Bandeira, Rua da República, e a Rua 5 Outubro (a nossa rua). A minha primeira irmã só nasceria em 1965, já o Cachito vivia connosco há já algum tempo. Como disse atrás, morreu de velho e doente, sofrendo muito, simplesmente porque para nós era inconcebível mandar matá-lo. Eu, por mero acaso, não estava em casa quando aconteceu. Encontrava-me no Serrado/Órgãos com o meu amigo Rui Bastos/"Hometa" em casa do Avô deste, o conhecido Sr. Bastos, produtor de ananzes, a passar uma semana. De regresso deram-me a notícia da morte do Cachito, mas nunca, até hoje, me disseram aonde o tinham enterrado. Chorei muito aquela perda. Lembro-me, como se fosse hoje, de muitas peripécias que passei, e passamos, com ele. Ele, como tudo o que me tocou, e como tudo o que amei, faz parte da minha vida, e ocupa um lugar central nela. Nunca mais tive outro cão. Nem penso vir a ter. O Cachito não foi apenas um cão. Mas um dos meus melhores e mais fiéis amigos. Ele é insubstituível. Não sei quantos cães da tua avó terão tido vida tão longa e tão próspera, terão tido tanta importância na vida de uma família, ao ponto de ter feito parte integrante dela, e terá sido tão conhecido na Praia como o foi então o Cachito.

Fico então à espera que fales mais da "Raça" do teu Boby e do nosso Cachito, e já agora, caso não seja pedir demais, vê lá se descobres, pelo menos, o nome dos seus progenitores. É, também, destas memórias de que somos feitos. Obrigado por teres partilhado esta recordação. Concluo, respondendo à tua pergunta. Sou cinéfilo, e sou cinófilo. De cinema falaremos noutra ocasião. O Cinófilo sofre todos os dias quando tropeça num cão abandonado. E por aqui há muitos. Há dois períodos terríveis para esta barbárie que é abandonar um cão. Um é o período das férias, o outro é este precisamente em que te escrevo, fim/início do ano. A táctica canalha desta gente, é atravessar a Ponte 25 Abril e abandoná-los à sua sorte na margem sul. Então é vê-los por aí desesperados à procura do caminho de casa, aflitos e perdidos à procura dos donos, porque, estou certo disso, abandono é algo que o elevadíssimo sentido de fidelidade dos cães não entende nem reconhece. Infelizmente, nem todos os cães merecem os donos que têm. A mim ofende-me vê-los por aí perdidos, tristes e indefesos. Acredita, que poucos olhares, como os dos cães, são tão ricos e expressivos. Basta olhar um cão nos olhos para se saber se é feliz e se está bem tratado. Obrigado pela oportunidade que me dás de começar bem este ano, falando de algo que me é particularmente caro. Fi-lo in memoriam do meu amigo CACHITO.

Bom Ano

Zé Cunha



P.S.- A propósito de cães, dos Boby's e dos Cachito's deste mundo, faço-te aqui esta recomendação. Lê o livro "TIMBUKTU", do Paul Auster, Edição Asa.


Se já o leste, sabes do que falo. Se não, então lê, porque sei que vais gostar muito. É uma espécie de "Evangelho" para Cinófilos. Um dos livros mais belos que já li até hoje, e, definitivamente, um dos livros da minha vida.

Cá vai a letra. Sublinhados meus.

Cachito Mio

Nat King Cole


A tu lado yo no se lo que es tristeza
y las horas se me pasan sin sentir
tu me miras y yo me pierdo la cabeza
y lo unico que puedo repetir.




Lalalalalalalala
Lalalalalalalala
Cachito, cachito, cachito mio
pedazo de cielo que Dios me dio
te miro y te miro y al fin bendigo

bendigo la suerte de ser tu amor.

Me preguntan que porque eres mi cachito
y yo siento muy bonito al responder
porque eres de mi vida un pedacito
a que quiero como a nadie de querer.

Cachito, cachito, cachito mio
pedazo de cielo que Dios me dio
te miro y te miro y al fin bendigo
bendigo la suerte de ser tu amor.

Cachito, cachito, cachito mio
pedazo de cielo que Dios me dio
te miro y te miro y al fin bendigo
bendigo la suerte de ser tu amor.

Cachito (cachito)
cachito mio (cachito)
ay pequeñito
de mama y de papa.

Cachito (cachito)
cachito mio (cachito)
ay amorcito
de mama y de papa.

Cachito, cachito, cachito mio
pedazo de cielo que Dios me dio
te miro y te miro y al fin bendigo
bendigo la suerte de ser tu amor.

Lalalalalalalala
Lalalalalalalala

domingo, 23 de dezembro de 2007

Serei um cinéfilo ou um cinófilo?

Na realidade nem uma coisa nem outra, ou melhor um pouco das duas coisas!

Embora tivesse nascido ao lado do cinema da Praia e por meu pai ter na altura dois lugares cativos (por ser seu técnico de serviço) em todas as sessões, podendo eu assistir a dezenas de filmes (sem muitas vezes ter a idade requerida), não é de cinema que vos quero aqui hoje falar. Sim, não é do cinéfilo em mim, mas sim do cinófilo que julgo um pouco ser. Que significa este "palavrão" ? Nada mais nada menos do que amigo dos cães.

Desde os seis anos que me acostumei a conviver com cães em casa e tinha um pequeno cão branco e felpudo que se chamava Boby. Este tinha-me sido oferecido pela minha avó paterna, Nha Quinha, que em sua casa na "rua do hospital" fazia a criação destas preciosidades que desconfio muito serem aparentados dos caniches (falarei destes num próximo artigo). Meu Boby era da mesma ninhada de um outro com nariz rosado e que fora oferecido às filhas do Sr. Flávio Cunha, técnico dos CTT, colega de meu pai e progenitor do meu melhor amigo de infância, José Eduardo Cunha.

Boby era muito inteligente e brincávamos às escondidas e a outras diabruras durante 11 anos. Em 1974, este animal que tinha o hábito de sozinho ir e vir à casa de vovó Quinha ver os outros cães (e certamente cadelas) irmãos mais novos, desapareceu, pura e simplesmente. Houve quem sugerisse que o infeliz tivesse sido capturado por um tal Sr. Maurício, dono do restaurante "a Floresta" então sito nas traseiras do local onde veio a ser construido o Hotel Marisol. Maurício ficou famoso por servir uns excelentes guisados de cabrito... até que foram encontradas peles de cachorros nas redondezas do quintal do restaurante que explorava. Pobre Boby!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Sou um apreciador de provérbios, máximas e pensamentos.

Nesta quadra festiva em que deixamos para trás o ano de 2007 e iniciamos um novo ano, não resisto a vos deixar com o clip seguinte, enviado por um dileto amigo.


domingo, 25 de novembro de 2007

O caramelizado bolo de ananás feito por Garda

Eis a receita deste maravilhoso bolo de ananás que Garda tão bem sabe fazer.

Delícia de Ananás

Ingredientes para a massa

225g de açúcar

200g de manteiga
6 ovos
265g de farinha

2 colheres de chá de baking powder
1 lata de ananás (separar metade da calda e duas rodelas de ananás para incorporar na massa)


Ingredientes para preparar o leito da forma rectangular (24x32cm)

130g de manteiga (manteiga mesmo, não um substituto)
230g de açúcar

Misture estes ingredientes e barre a forma rectangular com a mistura. O fundo da forma deve levar uma camada dessa massa. Sobre este leito açucarado, disponha a seu critério, as rodelas de ananás. Se desejar, pode colocar cerejas nos buracos centrais das rodelas de ananás e passas à volta das citadas rodelas (poderá fazer isso também, depois do bolo estar assado).

Preparação da massa:

Bata a manteiga e o açúcar até se obter um creme. Junte as gemas, uma a uma, e continue a bater. Adicione a farinha e o baking powder. Incorpore a metade da calda na massa bem como as duas rodelas (previamente trituradas). Finalmente junte as claras batidas em castelo. Por fim, verse a massa do bolo sobre o leito preparado na forma e leve ao forno. Deixe assar até obter o tom caramelizado característico.


domingo, 18 de novembro de 2007

Saudosas campanhas de florestação!

Que fazem estes jovens no deserto?

Estas são imagens das primeiras campanhas de florestação de Cabo Verde. A cena se passa no então "deserto" do Monte Vaca, no topo da Achada de São Filipe em Santiago. Nesse dia soalheiro de 14 de Agosto de 1978, véspera de feriado religioso (mas naquele tempo abolido como tal). O jovem de "sumbia" sou eu! Não acreditam? Vejam então:
Sou o primeiro da esquerda, seguido de Hermínio Silva, Carlinhos "Guardafui", Amadeu Silva ....

E fazíamos esse serviço cívico de boa vontade e com alegria, inspirados pela força, luz e guia que norteavam os nossos destinos.

Quntos éramos nós nesse dia? MUITOS. Eis a seguir uma foto de grupo tirada junto à bomba de água movida pela energia de um painel solar experimental que nesse local fora instalado.

domingo, 11 de novembro de 2007

Alex e Mimi os génios US e CV dos papagaios cinzentos

O papagaio cinzento de cauda vermelha (Psittacus erithacus), conhecido entre nós por papagaio de São Tomé, é considerado como a ave mais inteligente do Mundo.

Experiências várias ligadas às ciências comportamentais, à etologia e até à psicologia têm vindo a ser feitas com esta extraordinária espécie.

O célebre papagaio ALEX, acrónimo de Avian Learning Experiment, conseguia, segundo o blog "thesoundofsilence", "identificar 50 objectos diferentes, 7 cores, 5 formas, quantidades até 6, categorizar mais de 100 itens diferentes e conhecia conceitos como maior/menor, igual/diferente, etc. Além de que era uma celebridade em programas de televisão, onde até dizia piadas breves, como “take it easy”..." O pobre animal faleceu recentemente e houve uma onda inimaginável de consternação (se se introduzir no Google as palavras Alex + Parrot aparecem quase 6 milhões de entradas).

Bem, embora eu não tenha (ainda) um destes papagaios em casa, conheci um durante a minha infância. Chamava-se MIMI e vivia empoleirado num bar da cidade da Praia, pertencente ao Sr. António Leão e à Dona Elvira (já falecidos). Mimi "falava pelos cotovelos" e todos se divertiam com as sua tiradas. Um belo dia, o Sr. Vital Moeda passava pela porta do botequim, e Dona Elvira, solícita, o manda entrar e "apresenta-lhe" a Mimi. Esta então resolve não abrir o bico e por mais que Elvira a estimulasse teimava em se manter em silêncio, colocando a dona numa posição embaraçada pois tanto elogiara os dotes do animal. Logo que Vital se foi embora, Elvira volta-se para Mimi e ralha: "abó Mimi, si qui bu ta pon na burgonha!?" Mimi abre então o bico e com ar vaidoso profere: "min ca pinton!!"

Estes animais são realmente susceptíveis, e requerem muito mimo. Podem encontrar vários artigos na Internet que dão dicas de como cuidar deles.

Deixo-vos agora com um fantástico clip de vídeo ilustrativo da capacidade destes animais em imitar sons e palavras ... todas no seu devido contexto:


Então, Einstein, o papagaio em questão...Parla? ou Fala?

domingo, 4 de novembro de 2007

Como se "Pensou Portugal Novo"

Em 1971, Marcelo Caetano sabia que os dias do império colonial português estavam na berlinda. Para virar o jogo, criou uma nova ideologia que deveria "Pensar Portugal Novo", ou seja haver uma espécie de confederação portuguesa onde cada estado seria autónomo, incluindo o Portugal europeu que passar-se-ia a designar de Lusitânia.

Para melhor impingir estas novas ideias, foi criada uma instituição denominada "Círculo de Estudos Ultramarinos" que tinha entre outros o objectivo de promover cursos de iniciação à política, nomeadamente à volta do tal novo figurino para Portugal.

Foi assim, que os melhores alunos dos liceus Gil Eanes e Adriano Moreira, foram seleccionados para frequentar estes cursos. O primeiro foi na Praia em 1972 e o segundo em Mindelo nas férias da Páscoa de 1973. Integrei este segundo curso, juntamente com mais 29 colegas ( ver neste artigo, as fotos tiradas no Paúl, aquando de uma visita de estudos inserida no programa do curso - faça um clique nelas para vê-las em ponto grande).

Os dez alunos que "melhor assimilaram a ideia do Portugal Novo", ou seja, os melhores classificados no curso, ganharam uma viagem de estudos de um mês à "Lusitânia" durante as férias de verão de 1973. Assim, eu e mais nove colegas cabo-verdianos, entre os quais João Baptista Galvão, Sidónio Monteiro, Carlos Burgo e Idalina Monteiro, estivemos 30 dias a passear por todas as capitais distritais do Portugal continental.

NB: o livro de fim de curso, com poemas de uns dedicados e concernentes a outros, foi entregue a cada um de nós que, de imediato, fez recolher os autógrafos dos colegas, apostos em suas respectivas páginas. Podem ver essas páginas recentemente publicadas num fotolog regido por uma irmã de um dos participantes. Eis o link da 1ª de minhas páginas nesse fotolog (clique no link)

domingo, 28 de outubro de 2007

Também eu atingi os dois dígitos!

Assim como o nosso Primeiro-Ministro prometeu (desde 2001) atingir os "dois dígitos" no valor do peso do crescimento económico e acaba de anunciar o feito, eu também prometi a mim mesmo (desde há menos de dois meses) atingir "dois dígitos" no valor do peso de minha pessoa e acabo de conseguir. Só que eu parti de cima (113Kg) para atingir hoje, dia 28, os 99Kg.

Como pude então em apenas 58 dias, emagrecer 14Kg, comendo à vontade: torresmos, manteiga, enchidos, queijo gordo, natas, carnes, etc.? E meu colesterol até diminuiu. Até parece que estou a mentir não acham? Não continuem as analogias, eis a razão:

Sigo a "Dieta revolucionária do Dr. Atkins", que consiste em não ingerir mais do que 20g de Hidratos de Carbono por dia. Assim fazendo, o pâncreas quase que pára e o teor de insulina reduz-se consideravelmente no sangue. A insulina é a responsável pela condução da glicose (a substância em que boa parte do hidrato de carbono ingerido se converte) às células para que estas a convertam em energia. Ora, não havendo glicose a chegar às células, estas não têm outro remédio senão "pedir" energia às nossas próprias banhas acumuladas. Este método secundário de obtenção de energia pela parte do nosso organismo, chama-se Lipólise.

Vejam o que diz o site "Copacabana runners" e visitem o site oficial de Atkins.

domingo, 21 de outubro de 2007

Bolo de coco com cobertura de chocolate

Bolo de coco à moda da Garda

    350g de açúcar
    370g de manteiga
    6 ovos
    400g de farinha

    1 pacote e meio de baking powder
    2 pitadas de erva-doce
    1 chávena bem cheia de coco ralado
    1 pacote (125 ml) de leite de coco.

    Bate-se a manteiga com o açúcar até se obter um creme, juntam-se as gemas e continua-se a bater a massa (deve ficar muito bem batida). Adicionam-se as farinhas e demais ingredientes. Por último juntam-se as claras em castelo. Vai ao forno (este deverá ser pré-aquecido a uma elevada temperatura) em forma untada de manteiga e polvilhada de farinha. Depois de assado, corta-se o bolo ao meio, recheia-se e cobre-se ou com chocolate ou com um creme de coco. Decore a seu gosto

    para o recheio:
    • 1 coco ralado
    • leite condensado q.b.
    • 1 colher de sopa de manteiga
    • 1 pacote (125ml) de leite de coco
    • 1 pitada de noz-moscada
    Misturam-se estes ingredientes e leva-se a lume brando até à cozedura total do coco

    para a cobertura:
    • chocolate (culinário) em barra q.b.
    • uma lata de leite condensado q.b.
    Se desejar, pode substituir a cobertura de chocolate, por uma de coco (a mesma mistura que usou para o recheio)


    domingo, 14 de outubro de 2007

    O Xá da Pérsia está em minha casa

    Pois é! Quem me mandou anunciar que este Blog era de periodicidade semanal! Já lá vão uns meses que não honrei a minha promessa.

    Recomeço agora com um pouco sobre os animais domésticos que circulam à minha volta. Não que eu ache que o mundo deva conhece-los (os meus), mas sim porque pode ser útil saber um pouco mais sobre os mesmos (o tipo e/ou raça em questão).

    Um gato Persa não deve ser confundido com um gato Angorá. Muita gente usa indiscriminadamente estes nomes, pensando que se referem à mesma raça. Vejamos então as diferenças descritas no site "Raças de gatos"

    "Corpo e cabeça: é muito comum as pessoas confundirem o gato angorá com o persa. Porém, ele [o angorá] apresenta características muito diferentes. O corpo e a cauda são mais longos, e sua cabeça é menor, com orelhas retas. É um gato de porte médio; seus membros posteriores devem ser um pouco maiores que os anteriores, deixando a garupa mais elevada. Sua principal diferença em relação ao gato persa está no nariz mais longo e no fato de não apresentar o “stop” acentuado, que dá o aspecto de carinha amassada do persa. O angorá apresenta tufos de pêlos nas orelhas. Os gatos brancos devem apresentar o nariz e os coxins palmares e plantares com coloração rosa. Olhos: são grandes e amendoados, com coloração azul, âmbar ou ímpares (um azul e outro âmbar ou verde)."

    O meu Xá (chamei-o assim pelo seu porte majestoso de um Rei ... da Pérsia; e também pelo trocadilho que a sonoridade induz em relação à língua francesa) nasceu em São Vicente. Porém creio fala agora "badiu". Como rezam as crónicas de seu comportamento, é ele que escolhe o dono e não ao contrário. Só a mim responde ele ao chamamento. Podem constatar no video seguinte:



    Vou agora finalizar, segundo o citado site "Raças de gatos" com a descrição do PERSA:

    É a raça preferida no mundo, sendo a mais alterada pelo homem e a menos parecida com os felinos tradicionais. Sua popularidade é tanta que a quantidade de seus registros supera a de todos os outros gatos de raça juntos. Somente no Brasil, os persas superam 90% dos registros na maior organização de nosso país, o Clube Brasileiro do Gato.

    Origem: os primeiros gatos de pêlo longo e com formas mais esguias chegaram à Europa no século XVI, trazidos de Ankara, na Turquia. Logo depois, lá aportaram também outros de pêlo longo, mais robustos vindos da Pérsia, actual Irão. Ambos foram cruzados e seus descendentes deram origem ao Persa actual. Aqueles que vieram da Turquia formaram a atual raça, Turkish Angorá, hoje um tanto diferente de seus ancestrais.

    Pelagem: densa, com pêlos bem longos, finos e sedosos, que podem formar nós com facilidade, caso o dono não os escove diariamente.

    Cor: a diversidade de cores é muito grande. No início, só haviam cores sólidas (únicas). Hoje, já são reconhecidas mais de 100. Entre as mais comuns temos o chinchila (branco), o brow classic tabby (rajado marrom), tortie (cor de casco de tartaruga) tortoiseshell-and-white (atartarugado e branco), spotted tabby (rajado pintado), bicolor, azul, azul-creme, creme, esfumaçado, camafeu, preto, chocolate e outros. A cor da pelagem deve ainda combinar com uma determinada cor de nariz e dos coxins (preta, azul, chocolate, rosa e cor de tijolo).

    Corpo: linhas robustas e arredondadas. Pernas curtas e retas. Peito profundo e maciço. Abdômen curto e arredondado. Costas retas.

    Cabeça: deve ser redonda e muito maciça, com caixa craniana muito ampla e larga. Orelhas pequenas; bochechas fortes. O focinho é bem curto - deve ter praticamente a mesma medida de comprimento e largura -, o que dá a aparência de nariz achatado, típico da raça.

    Olhos: grandes e ligeiramente arredondados. As cores aceitas são apenas azul, verde e cobre.

    Cauda: curta (porém, proporcional ao tamanho do corpo) e carregada em um ângulo mais baixo do que as costas, mas nunca curva ou arrastando no chão.

    Comportamento: gostam de brincar e subir em árvores. Por isso, precisam de espaço. Podem ser criados em apartamento, desde que o dono o leve para passear sempre.

    Dono ideal: deve reservar alguns minutos do dia para cuidar do pêlo de seu gato.

    Cuidados especiais: a escovação e banho são essenciais para a manutenção da saúde e beleza da pele e dos pêlos. Ajudam também a evitar o aparecimento de bola de pêlos no estômago, que pode causar gastrite crônica e obstrução do intestino. As pelagens dos persas de cor creme, azul e preta ficam queimadas se muito expostas ao sol. Para preservá-las, o ideal é que não tomem mais de uma hora de sol, restrito ao período da manhã.

    Reprodução: deve-se ter cuidado no acasalamento dos gatos brancos com os dois ou apenas um dos olhos azuis, para evitar a surdez. Recomenda-se cruzá-los apenas com parceiros de olhos cor de cobre, para evitar filhotes brancos de olhos azuis, que são mais propensos ao problema de surdez.

    Adestramento: os persas são facilmente adestrados desde que você se empenhe nas lições de adestramento, principalmente antes dele completar um ano de idade.

    Defeitos: cara excessivamente achatada, o que causa: prejuízo à respiração devido as narinas estreitas; irritação e infecção ocular, por causa de ductos lacrimais estreitos ou sem orifício; problemas locomotores por falta de desenvolvimento do cérebro, devido à perda de espaço no crânio, e boca permanentemente semi-aberta pelo deslocamento dos maxilares. Prognatismo. Orelhas grandes. Peito estreito. Costas longas. Pescoço longo e delgado. Cor de olhos pálida. Olhos muito juntos.



    domingo, 17 de junho de 2007

    Caldeirada de Lulas à moda antiga

    A lula é um cefalópede (tem os pés na cabeça) bastante apreciado em Cabo Verde, embora outro cefalópode, o Polvo, seja mais popular.

    Podemos encontrar inúmeras receitas deste molusco pela Internet fora, mas eu não resisto em vos apresentar este divino prato que minha avó fazia baseado numa receita de seu ensebado "Tratado completo de cozinha e copa" uma publicação dos anos vinte do século passado. Vamos então à receita:

    Preparam-se as lulas, dando-lhes um golpe com uma tesoura no saco ou manto, tirando-lhes a cartilagem em forma de pena e separando-lhes as cabeças com os tentáculos, que se aproveitam assim como os mantos. Lava-se tudo muito bem para fazer desaparecer umas películas coradas que cobrem o manto, de modo que os bocados fiquem todos "brancos". Tempere as lulas com sal (molho de soja é melhor) e vinho branco.

    Faz-se um refogado com azeite do bom, cebola, salsa picada e pimenta. Quando a cebola aloirar, deitam-se-lhe os bocados das lulas e passam-se no refogado, acrescenta-se este com tomate e deixa-se ferver até que as lulas estejam bem macias e o molho bem apurado.

    Serve-se em prato aberto, decorado com folhas soltas de salsa. Um vinho verde é de se esperar, mas hoje preferi um simples Mateus Rosé!

    domingo, 10 de junho de 2007

    A Malacologia e a "malucologia" pelas lulas

    "Odjo sima lula trás di cutelo" assim apetecia agora dirigir-me a um fulano (filho meu) que de olhos esbugalhados se encontra ao meu lado a observar-me desferir um golpe de tesoura de cozinha a uma pobre lula (já morta claro!) e a retirar-lhe de seguida a fina cartilagem quase transparente e em forma de pena.

    É que, estou a preparar estes cefalópedes para confeccionar no próximo Domingo um prato de lulas à moda antiga, tal como o fizera nesse dia em que me filmavam para o Intimidades tendo dito isso em público, no referido programa

    Porém, antes de vos presentear com a receita (no próximo Domingo), eis que tenho a ocasião de falar de Malacologia, o ramo da biologia que estuda os moluscos. A parte mais vistosa deste ramo do saber é o estudo dos gastrópodes e dos bivalves, pois têm espécies com conchas belíssimas de grande interesse para coleccionadores. O nome de Malacologista é também aplicado aos coleccionadores de conchas. Encontramos lindas colecções em museus como o do Aquário Vasco da Gama em Lisboa. A Malacologia foi paixão de muito boa gente, como Jean Piaget que na sua adolescência, se interessou bastante por moluscos:

    "Seu interesse por moluscos aparece durante a adolescência quando publicou diversos artigos sobre moluscos, fósseis e zoologia, temas presentes nos estudos que desenvolveu durante toda a sua vida . Tal era sua paixão por este estudo que, naquela ocasião, decidiu que seria um Malacologista."
    Deixo aqui um endereço de um site do Instituto Português de Malacologia, onde poderão baixar números de uma revista científica especializada na matéria.

    Convido-vos na próxima semana a comerem comigo uma caldeirada de lulas à moda antiga.

    domingo, 3 de junho de 2007

    Tragamos a claro o Bolo Escuro de Garda !

    Eis que Garda faz de novo um passe mágico e ressurge o seu famoso Bolo Escuro. Famoso porque sendo sempre uma delícia, de cada vez que o faz sai com um sabor diferente! Nem ela sabe bem porquê. O certo é que ninguém se queixou até agora.


    Bolo Escuro à moda da Garda
    • 300g de açúcar
    • 600g de manteiga derretida
    • 10 ovos
    • 2 pacotes de baking powder
    • 500g de farinha
    • 1/2 chávena de "mel-de-cana"
    • 1 chávena de açúcar queimado
    • 1 chávena de bebidas misturadas: aguardente de cana, vinho do Porto e whisky.
    • 1 chávena e meia de frutas cristalizadas, nozes e corintos (doseados a seu gosto)
    • até (a seu gosto) 1 colher de chá de: noz moscada, de cravinho, de erva doce e de canela
    • Raspa de um limão (lima de preferência)
    NB: se não tiver mel-de-cana, use 400g de açúcar em vez de 300g

    Derreta a manteiga (não é margarina nem é "Planta") e misture o açúcar (o primeiro segredo está em bater estes ingredientes muito bem!) . Acrescente as gemas uma a uma batendo sempre (guarde as claras para as adicionar no fim, batidas em castelo) .

    Após bem batida, adicione a farinha misturada com o fermento (baking powder) e continue a bater. Vêm agora o mel-de-cana, as bebidas e as especiarias (cravinho, etc).

    Em seguida, juntam-se as claras batidas em castelo, o açúcar queimado e as frutas cristalizadas, nozes e corintos (ou passas).

    NB: as frutas cristalizadas sortidas, os corintos e as nozes devem ser previamente picadas em pedacinhos e enfarinhadas.

    Segundo segredo: Deixe as frutas cristalizadas, os coríntios e as nozes, macerar durante um a dois dias, na mistura de bebidas à qual se juntaram as especiarias. No momento da feitura do bolo, coe as partes sólidas que serão de seguida enfarinhadas e verta o líquido na massa do bolo (as adições são nos momentos indicados na receita)

    Vai ao forno pré-aquecido, em forma bem untada de manteiga e polvilhada de farinha.

    Que tal saborear o bolo com um "Blue Coração", para variar ao clássico vinho do Porto!

    domingo, 20 de maio de 2007

    Memórias do Liceu Adriano Moreira na Praia

    O meu percurso liceal foi pautado pela constante presença na crista da onda das transições. Tendo passado da 4ª classe para o ensino secundário no ano em que se abolira a “Admissão” e se criara o Ciclo Preparatório, deparei com a estreia da matemática moderna no novo plano curricular. A nossa professora de matemática era uma jovem açoriana de S. Miguel e de bata mais curta que a gestão moralista do liceu e da época impunham, lá nos ia captando a atenção (sobretudo aos rapazes de 12 anos; eu tinha 10) ao mesmo tempo que proferia uns “conjuuuntos dijuuuntos” com seu bom e típico sotaque micaelense.

    Esta cena passava-se no saudoso ano lectivo de 1967-1968, ano em que ia pela primeira vez sentar-me nas carteiras de mogno, já riscadas, gatafunhadas e autografadas, do Liceu Adriano Moreira, sito na cidade da Praia, província ultramarina de Cabo Verde.

    Confesso que embora sempre fosse um aluno atento e interessado, passei sete anos nesse liceu sem me ocorrer perguntar quem era Adriano Moreira e muito menos a razão por que puseram o nome de alguém vivo à linda e frondosa construção, considerada uma jóia de arquitectura e o liceu mais imponente do império colonial português. Tinha salão nobre, escadarias encimadas por quadros históricos dos descobrimentos (em azulejos) e uma belíssima torre com relógio e pára-raios.

    Na senda das transições, apenas tirei a fotografia fardado da Mocidade Portuguesa, por razões administrativas, mas não desfilei nesse organismo pois a frequência deixara de ser obrigatória. No entanto, deleitávamos a ver passar os rapazes mais velhos “cantando e rindo” levados sim por não sei que chamariz mágico, de braços erguidos para a frente em ângulos de 45º.

    Embora sem ésses no cinto e vendo os braços a 45º ao longe, não podíamos deixar de encontrar o nome e os retratos de Oliveira Salazar por todos os cantos desse liceu, nos livros e nos discursos de início de ano lectivo. A “força” estava patente nas normas e orientações, hoje consideradas inqualificáveis, da proibição de falar o crioulo, das turmas separadas por sexos, das grades circundando o liceu, das aulas obrigatórias de Religião (Católica), de alguns alunos que pareciam patrulhar os corredores e eram amigos dos filhos do inspector da PIDE.

    Esta linha cortante, qual machado de lenhador, era materializada por um risco branco no pátio do liceu que separava os alunos de bata branca dos outros. Ai de quem transpusesse a fronteira!

    Em 1970, com a substituição das fotografias nas salas de aula, começou a haver turmas mistas. Experiência tímida e piloto, lá fui eu para o 4º ano renovado, com 14 anos acabados de completar, inaugurar a primeira turma mista do liceu. Éramos seis púberes no meio de vinte e sete adolescentes calmeironas. Fomos singularizados pela nossa inofensiva idade (os mais novos do 4º ano) e colocados na turma de alunas mais velhas.

    Tinha muita piada ter as colegas à nossa volta, pelas mais diversas razões menos pela biológica: umas porque éramos os melhores alunos e queriam nos “explorar”, outras exerciam poder maternal de nos proteger, e ainda havia as que nos queriam “tirar da casca” fazendo-nos retirar os agrafos que selavam algumas páginas dos Lusíadas que o docente “Sapinho” nos fizera agrafar no 1º dia de aulas, por conter estrofes que não eram para a nossa idade (censura decretada superiormente).

    Sapinho era a alcunha do nosso afamado professor de língua portuguesa. Este nortenho, antigo seminarista, tinha o condão de fazer variar a vermelhidão de suas bochechas batraquianas consoante se entusiasmava ou se encolerizava (o que podia ser considerado normal) mas também conforme a ênfase que punha nos trechos que nos lia. Gostava muito de nos recitar umas linhas, a cada vez que se encontrava de bom humor esquecendo-se que era a enésima vez que o fazia:

    “Ó tocador da biola repenica-me estes dedos, se te cobraram as cordas, aqui tens os meus cabelos”.

    Um belo dia um dos nossos colegas levantou-se (muito sério) e perguntou-lhe porque era que os habitantes do norte de Portugal diziam “binho” em vez de vinho.

    - Sabe, esta coisa de trocar os bês pelos “bês” é confusão do pobo.

    - Então o Sr. é do “pobo” ! ouviu-se uma voz lá de trás (até agora por identificar).

    No teste seguinte, o nosso humilhado professor se vingou ao colocar as cinco perguntas, dependentes da primeira, onde usara um vocábulo chave, por nós desconhecido.

    Salvo raríssimas excepções, os nossos professores eram muito competentes e sabiam ensinar. O Liceu era bem equipado e adorávamos as aulas práticas, fazendo experiências de química sobre os tampos em ardósia das mesas do laboratório, ou dissecando ratos sob os gritinhos histéricos das matulonas nossas colegas.

    O professor de ginástica, usava uns calções tão largos que a cada frase do seu monólogo de início de aula, fazia-os subir ao longo da cintura para deixá-los decair na frase seguinte e recomeçar o ciclo na terceira. Todos os anos dizia que era a última vez que nos dava aulas pois não era esse o seu ganha-pão (era funcionário do banco) e estava farto de ... (e desbobinava um rosário de injustiças e incongruências).

    No ano seguinte lá estava ele subindo os calções de novo e dizendo que muito lhe tinham rogado para dar essas aulas mas que seria...”a última vez”.

    Não posso deixar de mencionar o professor de ciências naturais, o qual mais me marcou e fez nascer em mim o gosto pela ciência e o espírito crítico. Baltazar era o nome desse Goês que tinha o curso de medicina sem o ter exercido, o de farmácia e dois anos de Direito. Exímio xadrezista lá usava “cascas de banana” nos seus testes e perguntas de raciocínios múltiplos à semelhança dos que se praticam nesse seu hobby favorito.

    O Liceu tinha cerca de 400 alunos ao todo e o quadro de honra era para aqueles que não tinham nenhuma nota inferior a doze valores (cerca de nove disciplinas). O nº de alunos no Q. H. não ultrapassava 20. Conclui-se que eram apenas 5%, os considerados bons alunos e que, 12 valores eram difíceis de apanhar.

    Graças ao Dr. Baltazar que sempre nos motivou para a excelência, pude ser “medalha de bronze” desse liceu, indo todos os anos (do 1º ao 5º) receber o prémio de 3º melhor aluno e o de 1º em matemática. A “medalha de prata” estava um ano mais avançada do que eu e “a de ouro” dois anos. (ambas tinham excelente desempenho em língua portuguesa e em história). No ano em que a “medalha de prata” foi estudar para Portugal veio o 25 de Abril e não houve mais prémios nesse Liceu. Assim acabei o 7º ano no ano da Independência realizando a ambição de ser o “medalha de ouro”, mas virtual, pois já não os havia prémios.

    O 25 de Abril caiu de surpresa e ninguém parecia avaliar o impacte do que tinha acontecido, até o 1º de Maio seguinte onde então cada um deu uma de sua graça, manifestando-se das mais diversas formas. Alguns professores conotados com a PIDE foram impedidos pelos alunos de entrar no liceu, debaixo de apupos e insultos. Houve um até que viu seu automóvel incendiado.

    À medida que os dias se passavam as coisas pioravam e as aulas eram boicotadas. Muitos professores abandonaram as ilhas. Tivemos apenas a avaliação de dois períodos.

    No ano lectivo seguinte (1974/75), o elenco de professores mudou radicalmente. Alguns cabo-verdianos da diáspora e de esquerda, vieram nos substituir os conteúdos de Filosofia de pensadores clássicos, pelos do Materialismo Dialéctico, assim como a de Organização Política que passou do corporativismo do Estado Novo para os “meios de produção”, “ditadura do proletariado” etc.

    Nesse ano, as grades deixaram de ter efeito e os estudantes misturavam-se e conviviam sem medos nem receios. É claro que o aproveitamento foi menor mas estava-se bem e ansiosos pelo dia da independência

    Como se vê, comecei e acabei, irmanado com as transições, mudanças e inovações.

    Este texto foi publicado num trabalho coordenado por: PEREIRA, Sara Marques., ed. Memórias do liceu português.Lisbon: Horizonte, 2006. Colecção Biblioteca do Educador. Lge. 8°, orig. illus. wrps. 319 pp., illus.ISBN: 972-24-1426-7.

    domingo, 13 de maio de 2007

    Um pouco da minha história

    O programa Intimidades teve a gentileza de me convidar a participar e a contar um pouco da minha história de vida. Foram 25 minutos onde espelhei um pouco de mim, através de recordações de infância e da adolescência.

    Tendo sido apresentado como Reitor da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde, achei por bem colocar a 1ª parte do programa no Blog do Reitor.

    A 2ª parte do programa desenvolve-se sob o título "Retratos de uma vida" que é uma curta narrativa do percurso da pessoa havendo como pano de fundo uma sucessão de fotografias e figuras com uma tonalidade sépia prepositadamente criada para dar a tal sensação de passado. Por isso coloquei-a na minha página do site genealógico que desenvolvo (sigam o link assinalado).

    Agora vão poder seguir as restantes partes do citado programa; eis a 3ª parte onde inicio com a narração de como meu pai se preocupava com o eu não querer sair à rua e preferir ficar em casa:



    Esta 4ª parte inicia-se com a rubrica interna "A palavra dos outros" e deparamos logo com o que Silvano Barros diz da sua missão de servir de capataz da irmã.




    Vejamos agora a 5ª parte que se inicia com mais uma ronda da "A palavra dos outros", desta feita com pessoas amigas com quem trabalhei; falo agora do meu percurso em prol do Ensino Superior:



    Para finalizar, eis a última parte onde falo de gastronomia: